quinta-feira, 24 de setembro de 2009

É a vez da primavera.


Depois de um inverno de céu cinza, a primavera. Composta de múltiplas cores e múltiplos aromas, ela dá novo ânimo àqueles que não tem como preferência as cores foscas da estação passada.
Independente de gostarmos ou não do frio, da chuva, dos finais de semana trancafiados em casa, nós nos adaptamos. Não só nos adaptamos como também nos acostumamos e até estranhamos quando isso acaba.
Agora, diante do novo (se é que assim posso dizer), cabe a nós nos adaptarmos ao sol forte, as flores, as cores. O curioso é que daqui poucos meses, quando já estivermos acostumados à estação, ela vai acabar e em seu lugar teremos o verão. A estação da marquinha do biquíni, do carnaval, a estação inspirada para as famosas histórias que contaremos aos nossos netos.
A final de cada etapa, quando percebemos que algo novo está por vir, ficamos fascinados com mil imaginações a respeito do que nos espera, e conseqüentemente, atribuímos a o que vivemos até então, uma porção de defeitos. O inverno e a gripe, a primavera e as alergias. ( O verão que está chegando, a princípio vai ser maravilhoso, quero ver depois, os camarões reclamando da insolação...)
Sabemos que esses defeitos não são atribuídos de graça, com certeza eles existem e sempre existiram, isso não é novidade para ninguém. Nem teria como ser. A cada ano essas estações se fazem presente, as conseqüências encadeadas por elas são as mesmas, talvez até venham acrescidas de algo, mas se farão presente. O problema é que parece que a gente esquece disso tudo e desfizemos do que estamos vivendo para nos iludirmos com algo que ainda nem aconteceu, com aquilo que ainda não temos. Vejam bem, ainda...
É como um ciclo, no início nos encantamos, no decorrer está tudo muito bem, tudo muito lindo, basta um desagrado e já é razão para desfazer e ir avistando longe algo novo, algo que nos satisfaça por inteiro.
Às vezes essa busca é mesmo válida e as razões para nos desapegarmos do passado são mesmo fortes, mas antes de sairmos por aí, procurando inovações, é necessário pensar se também não temos uma parcela de culpa nisso tudo.
O inverno favorece as doenças mas a gente pode evitar. É difícil achar perfeição onde não existe; temos que nos ajustar às circunstâncias e aproveitar o momento por completo.

Mesmo que o pólen dessas lindas flores me enlouqueça, vou contemplar a beleza de cada uma antes que o sol do verão as desbote.

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