quarta-feira, 18 de novembro de 2009

No meio termo.



Num dia é quente, no outro é frio.
Ou é certo ou é errado.
No sábado amantes. No domingo (des)conhecidos.
Ou está tudo ótimo ou está tudo péssimo.
De noite entendo, de manhã não sei mais.
Ou é o ápice da vida ou é o começo da morte.
Feliz ou infeliz.
Sou forte ou sou fraca.
É tudo ou é nada.

Quanto radicalismo! Eu não gosto dos extremos.

Nem ódio, nem amor. Indiferença.

domingo, 8 de novembro de 2009

Por uma vida assim, ensolarada.


Fim de semana planejado na crença de que virão dias lindos e ensolarados.
Ao planejar tudo, não pensei na possibilidade de chuvas ou tempestades, até porque os dias estavam sendo tão lindos, que não havia evidências de que o tempo mudaria.
Na segunda-feira, na terça-feira, e na quarta-feira, sol forte e uma leve brisa.
Na quinta-feira, uma nuvem escura no céu, mas nada que alterasse a beleza do dia.
Sexta-feira com sol forte e um vento norte.
Tudo certo, tudo planejado. Vou dormir e me acordo com um dia cinza, chuvoso. Um dia frio.
As expectativas frustram. E agora o que fazer? Penso eu.
Eu poderia ter me preparado e ter em mente um plano B. Eu poderia ter reparado na nuvem preta e no vento norte, mas eu estava tão empolgada com o sol, com o calor, com os meus planos, que eu não me preocupei com isso. Agora eu fico assim, perplexa.
Como pude fazer planos com base naquilo que eu não tenho domínio?
Agora tudo isso exige uma mudança de planos. Ah, os planos. Eu já deveria saber que plano corresponde à expectativa, e qualquer falha é crucial para o sucesso ou o fracasso do planejado. Eu deveria saber.
E assim se passaram os próximos dias, chuvas, tempestades. Esses dias me serviram para pensar. Para aprender, eu diria. Eles não foram confortáveis e eu não me senti à vontade, mas eu me acostumei e esperei porque eu sabia que não ia ser tempo fechado sempre.
O fim de semana passou, eu não quis saber de previsões do tempo. Eu não quis olhar pro céu, eu tive medo. Medo de me iludir e fazer uma má interpretação. Deitada, o barulho da chuva não saia da minha cabeça e, de cansaço, eu apaguei.
TRIIIIIMMMMMMM
Tocou o despertador. Segunda-feira. Eu não precisei olhar pro céu mas eu percebi que o sol estava reaparecendo entre as nuvens.
Peguei minhas coisas e fui pegar o ônibus, com um sorriso no rosto e a torcida pela chegada da sexta-feira. Dessa vez sem planos, mas eu confesso: empolgada com o tempo que estava abrindo.